É
preciso lutar. É possível vencer!
Depois de 38 dias de resistência, luta e organização
dos trabalhadores, o prefeito de Florianópolis (Gean Loureiro – PMDB)
curvou-se. Organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público
Municipal de Florianópolis – SINTRASEM, os servidores da capital fizeram
história e conseguiram derrubar diversos projetos impetrados pela administração
recém empossada, que atentavam diretamente contra os direitos dos trabalhadores
e contra os serviços públicos da cidade.
“Há um mês estávamos apanhando da polícia por resistir
contra o pacote do prefeito, que foi aprovado com um voto de diferença na
Câmara de Vereadores. Hoje celebramos essa conquista dos trabalhadores e mostramos
que a luta muda a lei!”, destaca a Secretária de Comunicação do Sintrasem, Ana
Claudia Silva, em matéria publicada no Portal da CUT. A diretora do sindicato
lembra de todos os desafios que passaram nesses quase 40 dias de greve.
“Começamos uma greve em período de férias de grande parte da categoria, a
cidade cheia de turistas, a imprensa tentando colocar a sociedade contra o
movimento e a justiça criminalizando o sindicato. Não foi fácil, mas quando
colhemos o resultado, percebemos que nada está perdido para quem luta!”
A greve chegou ao fim depois da intermediação do
Tribunal de Justiça que, no dia 22 de fevereiro, realizou uma audiência em
busca de um acordo e o fim da paralisação. No acordo o prefeito Gean precisou
recuar e retirou todos os projetos que visavam acabar com os direitos, como o
pagamento do anuênio e do triênio; a incorporação das gratificações na
aposentadoria; férias de 65 dias para as auxiliares de sala; adiantamento do
13º para as trabalhadoras gestantes e licença prêmio. Para Ana Claudia outra
vitória significativa foi a retirada do Projeto da Previdência dos servidores,
que além de propor o aumento da alíquota, estabelecia um teto para pagar a
aposentadoria complementar. “Num tempo em que o debate no país é um ataque às
aposentadorias e à previdência, conseguir que o prefeito do mesmo partido que o
Temer, recue nesse projeto é algo simbólico e de extrema importância. Se foi
possível em Florianópolis, é possível no país”.
• Ou privatiza tudo ou afunda. O governo golpista PMDB/PSDB está ditando as novar
regras no país e, pelo que demonstra, tem pressa em estabelecer uma política de
“terra arrasada” e entregar tudo ao grande capital antes das próximas eleições,
em 2018.
Pela nova orientação que partiu do Palácio do Planalto,
os estados interessados em aderir ao regime de recuperação fiscal precisarão
apresentar contrapartidas com privatizações de empresas públicas, aumento de
alíquotas previdenciárias de servidores ativos, inativos e pensionistas e
redução de gastos públicos.
De acordo com o documento enviado à Agência Brasil pela
Casa Civil, fica estabelecido que, para aderirem ao regime de recuperação
fiscal, os estados terão de implementar medidas como autorizar a privatização
de empresas dos setores financeiro, de energia e de saneamento.
Ainda dentro das contrapartidas está a redução de
incentivos ou benefícios tributários; a revisão do regime jurídico único de
servidores estaduais da administração pública direta, autárquica e fundacional;
a instituição, se cabível, do regime de previdência complementar; a proibição
de saques em contas de depósitos judiciais; e a realização de leilões de
pagamento considerando prioridade para pagamentos com maior desconto.
• Apenas “cumprindo ordens”. Depois das ameaças do Governo Federal, os estados correm e cada um quer
ser o primeiro a lamber os pés dos golpistas de Brasília.
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
(Alerj) já aprovou o texto-base enviado pelo governo do estado propondo a
privatização da Companha Estadual de Água e Esgoto (Cedae). A proposta recebeu
41 votos favoráveis e 28 contrários. Estavam presentes os 70 deputados, sendo
que um, Dr. Deodalto (DEM) se absteve.
Os deputados da base do governo, que são maioria,
derrubaram as 211 emendas apresentadas ao longo de duas semanas de debate, por
meio do Colégio de Líderes.
Durante a votação nominal, os deputados governistas
afirmaram que a medida era fundamental para conseguir alívio nas contas e pagar
os servidores. A privatização da Cedae é uma das contrapartidas exigidas pelo
governo federal para aprovação do socorro às finanças do Rio e a suspensão do pagamento
da dívida com a União.
O líder do PMDB na casa Rafael Picciani (PMDB), filho
do presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB) comemorou o resultado e cobrou
que a União acelere a aprovação do acordo, em Brasília. “Agora cabe ao governo
federal e ao Congresso dar curso a essas medidas para que o pacote faça valer e
o Rio de Janeiro retome o equilíbrio fiscal”, afirmou.
• UDR no banco de réus.
Em julgamento que começou na terça-feira (21) e terminou na madrugada de
quinta-feira (23), o Tribunal do Júri em Curitiva (Paraná) botou no banco dos
réus o conhecido ruralista Alessandro Meneguel, acusado da morte do Policial
Federal Alexandre Drummond em 2012.
Ele foi condenado a 34 anos e seis meses de reclusão
pelo assassinato de Alexandre em frente a uma casa noturna de Cascavel, região
Oeste do estado. Testemunhas contaram que o Policial Federal foi morto por vários
disparos de arma de fogo.
Alessandro Meneguel, ex-presidente da UDR, foi
apresentado pela promotoria do julgamento como um homem impulsivo e com grande
histórico no setor policial. Em 2006, ele liderou um grupo de fazendeiros para
trancar a BR 277, onde integrantes do MST participavam de uma marcha. Ao final
da ação, cerca de 10 trabalhadores ficaram feridos, inclusive o Keno, que foi
agredido com pedaços de pau.
As lideranças do MST e da Via Campesina na região
vinham sendo ameaçadas de morte constantemente. Em março de 2007, uma pessoa
telefonou anonimamente (fato registrado em boletim de ocorrência) à secretaria
do MST em Cascavel, afirmando que “era para eles, do movimento, tomarem
cuidado, principalmente o Valmir Mota de Oliveira (Keno), porque a UDR estava
preparando uma armadilha”.
Em 2007, um grupo de ruralistas da região oeste do
Paraná liderados por Alessandro Meneguel, criou o Movimento dos Produtores
Rurais (MPR). De acordo com várias declarações à imprensa, o MPR teria o
objetivo de articular e financiar milícias privadas contra os trabalhadores
rurais Sem Terra e promover ações de despejo em áreas ocupadas pelos
trabalhadores. (Matéria na página do MST)
• Calcule como a “reforma” vai mudar a sua vida. A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal do Brasil (Anfip) disponibiliza, em sua página eletrônica, uma
calculadora que permite ao trabalhador saber quanto tempo a mais ele terá que
trabalhar caso seja aprovada a proposta de “reforma” da Previdência encaminhada
pelo governo Temer.
Com a ferramenta, é possível saber quanto será alterada
a situação e perspectiva de aposentadoria para mulheres com menos de 45 anos de
idade e homens com menos de 50. Acima dessa faixa etária, valem as regras de
transição e o sistema da Anfip não realiza esse cálculo. Também não pode ser
feita a simulação para as categorias que hoje têm aposentadoria especial como
professores, policiais, trabalhadores rurais e trabalhadores que recebem
adicional de insalubridade ou de periculosidade.
Pela calculadora é possível verificar, por exemplo, que
uma mulher que tem hoje 30 anos e 10 de contribuição em regime de CLT, ao invés
de se aposentar com benefícios integrais aos 53, como estabelece a regra atual,
terá que permanecer no mercado de trabalho até os 69 se a PEC 287 for aprovada
no Congresso.
Faça seu cálculo aqui: http://www.anfip.org.br/calculadora.php
• Por que Serra renunciou? Qual o motivo de José Serra para abrir mão de sua confortável posição
de chanceler para voltar a ocupar sua cadeira no Senado Federal? Há muita
especulação em torno dessa decisão, mas há certeza sobre um ponto: pegou o
governo golpista de surpresa!
Vale lembrar alguns fatos interessantes: 1) Serra foi
denunciado na Operação Lava Jato e teria recebido 7,2 milhões de dólares
depositados em uma conta na Suíça, segundo denúncia feita pelo ex-presidente da
Odebrecht, Pedro Novis; 2) sua filha, Verônica Serra, ainda mantém sua empresa
nos EUA que funciona como administradora e intermediadora para privatizações de
empresas públicas no Brasil (ver matéria acima sobre novas privatizações
obrigatórias); 3) voltando ao Senado ele pode agir mais livremente nas disputas
pela sucessão presidencial em 2018; 4) dentro de seu partido, ele pode usar
agora sua passagem pelo Ministério de Relações Exteriores para impulsionar sua
candidatura.
Durante o tempo em que esteve na direção do Itamarati
esforçou-se por destruir a grande aliança do Mercosul e defendeu a “flexibilização”
da instituição para alinhar-se novamente a um acordo de livre comércio com os
EUA, além de negociar a devolução da Base de Alcântara para os militares de
Washington.
O fato é que o golpe está fazendo água por todos os
lados. A crise econômica está se agravando, o desemprego volta a crescer de
forma impressionante (entre os jovens até 24 anos já alcançou 25,7%), a Operação
Lava-Jato implica cada vez mais membros do governo golpista, as pesquisas
mostram a imensa rejeição ao governo de Temer (62%), as constantes e já
ridículas trocas de ministros por estarem envolvidos em corrupção e processos
judiciais, a vergonhosa nomeação de um ex-advogado de facção criminosa para o
STF, a repercussão internacional do discurso de Raduan Nassar durante a entrega
do Prêmio Camões denunciando o governo Temer; a vaia e os gritos de “Fora
Temer” durante a apresentação do filme ‘Joaquim’ no Festival de Berlim e muitos
outros fatos que transformariam esse comentário em um livro de muitas páginas.
Para completar, o recente anúncio do Banco Central dizendo que o PIB brasileiro
deve ter uma queda de 4,55%!
A pergunta é: o Brasil suportará tudo isso até 2018?
• Colômbia: mais um líder social assassinado. Agora foi a vez de Faiver Cerón Gómez, líder social e
presidente a Ação Comunitária na região de Esmeraldas, município de Mercaderes,
ao sul do departamento de Cauca.
Ele foi assassinado com 15 tiros de fuzil, no domingo
(19), quando regressava para casa em sua pequena motocicleta. Era um lutador
pela defesa das águas no maciço colombiano e lutava contra a expulsão de moradores
da região. Havia participado de uma reunião com o Conselho Comunitário de
Governo e com funcionários da Prefeitura de Cauca.
• Mais aumentos na Argentina. Segundo fontes do Governo argentino, Mauricio Macri prepara um novo
aumento nas passagens de ônibus que devem subir até 33% a partir de 1º de
abril. Mas a medida parece estar tendo resistência até mesmo entre os
empresários de transportes.
A Associação Argentina de Empresários de Transporte
Automotor (AAETA), a Associação Civil de Transporte Automotor (ACTA), a Câmara
Empresarial de Autotransporte de Passageiros (CEAP), a Câmara Empresarial de
Transporte Urbano de Buenos Aires (CETUBA) e a Câmara de Transporte da
Província de Buenos Aires (CTPBA) pronunciaram-se contrárias à medida e
divulgaram números mostrando que houve uma perda muito grande no setor depois
do aumento anterior de passagens decretado por Macri.
Segundo os empresários, o aumento fez com que houvesse
uma queda muito grande na quantidade de passageiros transportados. Em 2016 a
queda no número de passageiros chegou a 8%.
Mas isso não é tudo. Mauricio Macri anunciou também um
aumento no preço da farinha e do gás para as padarias. Com a medida, o custo
para produzir um quilo de pão chegará a 2,8 dólares (aumento de 87%), segundo
informes do Centro de Estudos de Política Argentina.
O Centro advertiu que o aumento no preço do pão “terá
um forte impacto sobre a inflação de fevereiro”, porque representa 2,87% do
gasto médio das famílias.
Uma padaria comum, que pagava 1.000 pesos mensais em
gás (64 dólares) em janeiro de 2016, passará a pagar 9.240 pesos (592 dólares)
depois do novo “tarifaço”.
• Argentina: professores convocam greve geral para 6 e 7 de
março. A Central de Trabalhadores da
Educação (Ctera), maior organização docente da Argentina, anunciou uma
paralisação geral de 48 horas para os dias 6 e 7 de março. Segundo o anúncio, o
início das aulas previstos para a próxima semana não acontecerá e, na segunda
semana de março, serão realizadas aulas públicas, fóruns de debates e
assembleias nas escolas. Na terceira semana haverá nova greve e uma Marcha
Federal da Educação, com mobilização na Praça de Maio, na capital.
Os sindicatos de professores anunciaram também a
participação na mobilização convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores
(CGT) para o dia 7 de março contra o Governo de Mauricio Macri.
Os sindicatos de professores argentinos não aceitam a
proposta de aumento de 18%, em quatro parcelas, oferecida pela governadora da
província de Buenos Aires. Segundo os números apresentados pelas entidades de
trabalhadores em educação, a inflação anual já é estimada em 37,7% e não é possível
aceitar a proposta governamental.
E o Sindicato de Professores da Rede Privada (Sadop)
também aprovou a mobilização e o plano de lutas dos professores públicos.
• Cristina Fernández deseja participar das mobilizações. A ex-presidenta argentina, Cristina Fernández,
solicitou autorização dos movimentos sociais para participar da marcha que a
Confederação Geral do Trabalho está preparando para o dia 7 de março.
Em sua mensagem, ela diz que “o povo está passando
dificuldades e não se consegue chegar ao final do mês. As demissões de
trabalhadores continuam e fábricas estão sendo fechadas...”. Através de sua
página no Facebook ela disse que “No dia 7 de março é preciso que todos e todas
marchem ao lado dos trabalhadores”.
• Apesar dos aumentos, falta luz na Argentina. Aproximadamente 150 mil argentinos ficaram sem luz na
terça-feira (21), apesar dos constantes aumentos nas tarifas de energia
decretados por Mauricio Macri.
A Argentina passa por um verão duro, com as
temperaturas chegando a 40º, e o consumo de energia vai aumentando, o que vem
causando constantes “apagões” no país.
As organizações sociais Bairros de Pé, Confederação de
Trabalhadores da Economia Popular e Corrente Classista e Combativa saíram às
ruas para exigir do governo a aplicação da Lei de Emergência Social.
• Bolívia amplia rede de supermercados estatais. A estatal Empresa Apoio à Produção de Alimentos
(Emapa) pretende abrir uma nova rede de supermercados, a Super EMAPA, conforme
anúncio oficial do gerente de comercialização da instituição, Hugo Prado.
“A rede de comercialização da Emapa tradicionalmente
vendia arroz e farinha, mas vamos transformar em uma rede muito maior, com mais
de 1.700 produtos em cada supermercado em todo o país”, disse ele.
A experiência foi feita na região de El Alto, apoiando
pequenos e médios empresários da região. O objetivo é apoiar a indústria
nacional e a rede de comercialização de produtos.
• Segundo turno no Equador. Foi por muito pouco. Lenín Moreno, candidato governista, ficou a 0,67%
de votos para a vitória no primeiro turno. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral)
do Equador confirmou na noite de quarta-feira (22) que nenhum dos oito
candidatos à Presidência do país obteve os votos suficientes nas eleições de
domingo. O segundo turno acontecerá entre os dois mais votados: o governista
Lenín Moreno, da Aliança País, e o opositor Guillermo Lasso, da aliança
conservadora Creo.
Com 99,5% das urnas apuradas, Lenín alcançou 39,33%,
enquanto Lasso ficou com 28,1% dos votos. A legislação eleitoral equatoriana
estabelece que, para conseguir vencer as eleições presidenciais no primeiro
turno, um candidato precisa da metade mais um dos votos ou, pelo menos, 40%,
com uma diferença de dez pontos percentuais em comparação ao segundo mais
votado.
Além de Lenín e Lasso, outros seis candidatos
disputaram a Presidência do Equador. Com 99,53% dos votos apurados, Cynthia
Viteri, do PSC (Partido Social Cristão), tem 16,31% – e já declarou apoio a
Lasso no segundo turno; Paco Moncayo, da aliança de esquerda Acordo Nacional
pela Mudança, tem 6,71% dos votos computados;
Dalo Bucaram, do movimento Força Equador, filho do ex-presidente deposto
Abdalá Bucaram (1996-1997), tem 4,82%; Iván Espinel, da Força Compromisso
Social, tem 3,18% – e se reuniu com Lenín na quarta-feira (22), indicando um
possível apoio no segundo turno; Patricio Zuquilanda, do PSP (Partido Sociedade
Patriótica), tem 0,77%; e Washington Pesántez, do Movimento União Equatoriana,
com 0,75%.
• Rússia: maior produtor de petróleo do mundo. Em dezembro passado, a Rússia produziu 10,49 milhões
de barris de petróleo por dia, tirando a Arábia Saudita da primeira colocação
mundial, segundo o instituto Joint Organisations Data Initiative.
De acordo com os dados divulgados, a Arábia Saudita
conseguiu bombear 10,46 milhões de barris diários e ficou em segundo lugar. Os
EUA continuam em terceiro, mas houve uma redução em sua produção que caiu de
8,9 milhões de barris diários, em novembro, para 8,8 milhões em dezembro.
• França: Le Pen ganharia já no primeiro turno. As eleições presidenciais na França estão marcadas
para 23 de abril, em primeiro turno, e 7 de maio no caso de um segundo turno.
Mas a candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, ganharia já no primeiro
turno segundo pesquisa realizada pela OpinionWay.
Os números atuais mostram que os outros candidatos,
Emmanuel Macron (ex-ministro da economia) e François Fillon
(ex-primeiro-ministro), teriam apenas 20% dos votos cada um.
• Le Pen recusa-se a ir à justiça francesa. A candidata ultradireitista da França é acusada pelo
Parlamento Europeu por fazer acusações falsas sobre o funcionamento do
Legislativo. Mas recusou-se a prestar depoimento diante das autoridades do país.
Le Pen é acusada pelo Parlamento Europeu por contratar
de forma fictícia dois assistentes e agora o organismo exige a devolução de
300.000 euros gastos com a remuneração dessas pessoas.
• Como em um conto de fadas! Tudo acabou bem para a família real espanhola. No Informativo passado
já noticiamos que a irmã do Rei Felipe VI havia sido “inocentada” no julgamento
por desvio de verbas públicas, lavagem de dinheiro e tráfico de influências. E
dissemos que apenas o seu marido, Iñaki Urdangarin, teria sido condenado. Mas o
“cara” é um duque e não se pode ir simplesmente para a prisão, não é?
Então, o Tribunal da Comunidade de Palma decidiu, na
quinta-feira (23), que ele poderia permanecer em liberdade, sem necessidade de
fianças!
A única penalidade imposta ao “duque” Urdangarin,
cunhado do Rei, é que deverá comunicar sempre as autoridades sobre qualquer
viagem que deseje fazer ao exterior ou mudança de residência, mesmo que temporária.
Um processo que durou onze anos e acaba na mais bela
receita de pizza que conhecemos. Ela foi inocentada e ele vai ficar em
liberdade, podendo inclusive viajar (desde que comunique)!
• Venda de armas aumentou. O fluxo de armamentos em direção à Ásia, à Oceania e ao Oriente Médio
aumentou nos últimos cinco anos, de acordo com relatório publicado na
segunda-feira (20) pelo Instituto Internacional de Pesquisa pela Paz de
Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). As informações são da Radio France
Internationale.
Os cinco maiores exportadores de armas são os EUA, a
Rússia, a China, a França e a Alemanha, que concentram, sozinhos, 74% do volume
total de vendas de armas. As importações de armas pelos países da Ásia e da
Oceania aumentaram 7,7%. O documento compara os períodos de 2007 a 2011 e de
2012 a 2016.
A Índia é o maior importador mundial de armas, com 13%
do total. Um destaque é o Vietnã, que passou do 29° para o 10° lugar, com
aumento de 202%. No Oriente Médio, as importações de armas dobraram e aumentaram
86%, representando 29% do total mundial. Os países que mais adquiriram
armamento na região foram a Arábia Saudita e o Catar, com aumento de 212% e
245%, respectivamente.
Os EUA continuam sendo o principal exportador,
fornecendo armas para pelo menos 100 países em todo o mundo.
• Enquanto o mundo vende e compra armas... Quase 1,4 milhão de crianças estão em “risco eminente”
de morrer de fome na Nigéria, Somália, Sudão do Sul e Iemen, segundo anúncio
oficial divulgado na terça-feira (21) pela Agência para a Infância e
Adolescência das Nações Unidas (UNICEF).
A população está morrendo de fome nesses quatro países
e o Programa Mundial de Alimentos diz que mais de 20 milhões de vida já estão
em perigo nos próximos seis meses. “O tempo está acabando para mais de um
milhão de crianças”, disse o diretor executivo da UNICEF, Anthony Lake, no
comunicado.
A fome já foi declarada uma questão grave no Sudão do
Sul, que atravessa uma guerra civil desde 2013. O conflito se ampliou e já
dividiu o país em linhas étnicas, levando a ONU a advertir sobre um potencial
genocídio. São, aproximadamente, 270 mil crianças gravemente desnutridas e a
organização “Save de Children” disse que mais de um milhão de crianças podem morrer
de fome.
O mesmo informe diz que há cerca de 185 mil crianças
famintas na Somália e o número pode chegar a 270 mil nos próximos meses. No
Iemen são 462 mil crianças com desnutrição aguda, depois de dois anos de guerra.
Na Nigéria o número de crianças desnutridas já chega a 450 mil.
• Comprem mais armas!
O Governo dos EUA exigiu, em nota divulgada na segunda-feira (20), que seus
aliados na OTAN aumentem seus gastos militares e as contribuições para a
manutenção da Organização até o final de 2017.
Em uma coletiva com a imprensa, o vice-presidente
estadunidense, Mike Pence, disse que a Casa Branca está dando um prazo até o
final do ano para que o Canadá e seus aliados europeus façam “progressos reais”
em seus investimentos na área de defesa e participação nos gastos da OTAN.
Segundo ele, seu país arca com mais de 70% dos gastos da aliança militar e o
presidente Trump espera que os seus aliados avancem na participação.
• Trump vai aumentar o arsenal nuclear. O presidente estadunidense afirmou, em entrevista à
agência Reuters, que tem a intenção de aumentar o arsenal de armas nucleares
para que o seu país seja “o maior do grupo”. E assegurou que o seu país está
“enfadado” com provas de mísseis balísticos realizadas pela Coreia do Norte.
Trump disse que é necessário criar um sistema de defesa
para o Japão e para a Coreia do Sul, sócios estadunidenses na região e que a
situação atual “é muito perigosa”.
• O discurso de um troglodita desinformado! Discursando em Maryland, estado na região nordeste dos
EUA, Donald Trump mostrou toda a sua truculência e também uma enorme
desinformação histórica. O fato aconteceu durante a Conferência Anual de Ação
Política Conservadora (CPAC) e serviu para mostrar como pensa o atual
presidente dos EUA.
O discurso preparado por algum assessor foi carregado
de frases nacionalistas, lembrando um pouco os famosos discursos de Hitler, e
dirigidos a preparar os ouvintes para uma nova era de direita no país. Afirmou
que não reconhece uma “bandeira global”, mas apenas a do seu país.
Sobre o muro na fronteira com o México ele assegurou
que “construiremos o muro e o faremos antes do previsto”. “Vamos afastar essa
gente ruim”, disse ele.
Retomando no mais belo estilo o discurso do Destino
Manifesto, Trump assegurou que “somos estadunidenses e o futuro nos pertence”!
Depois falou sobre novas guerras e seus propósitos
bélicos ao perguntar aos presentes: “Quando foi a última vez que ganhamos?
Quando ganhamos a nossa última guerra?”. E mostrou um total desconhecimento
histórico, porque os EUA jamais ganharam uma guerra. A Segunda Guerra foi
vencida pelos soviéticos. Na Coreia e no Vietnam as tropas estadunidenses fora
fragorosamente derrotas. Invadiram o Afeganistão e o Iraque e, até hoje, não
venceram as resistências. Mas terminou seu discurso dizendo que “creio na paz
por meio da força”!
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