MORO DIZ QUE TRIPLEX É DA OAS
Uma reportagem realizada por Carlos
Fernandes no Diário do Centro do Mundo (DCM) aponta um fato importante no caso
do tríplex do Guarujá, pelo qual o ex-presidente Lula prestou depoimento ao
juiz Sergio Moro no último dia 10 em Curitiba.
Leia aqui a reportagem:
No despacho em que Moro negou, na
madrugada de segunda-feira 15, pedidos feitos pelos advogados de defesa de Lula
e pelo Ministério Público Federal - para que se incluíssem depoimentos de novas
testemunhas e ainda novos documentos - na ação, Moro reconheceu que o imóvel é
formalmente da OAS e está registrado na relação de bens da empreiteira.
"A ver do juízo, já está bem
demonstrado pela Defesa que o referido apartamento foi incluído, em março de
2016, entre os bens de titularidade da OAS na recuperação judicial. Tem o juízo
o fato como provado", escreve Moro no despacho de 11 páginas.
"Observo que, em princípio, o apartamento
em questão encontra-se formalmente em nome da OAS Empreendimento, aparentando
ser natural que figure nesse rol da recuperação judicial, máxime após as
providências tomadas pelo acusado e sua ex-esposa de publicamente desistir da
aquisição formal de apartamento ou da cota correspondente no Condomínio
Solaris, podendo ser citada nesse sentido a nota emitida pelo Instituto Lula em
12/12/2014 (evento 724, anexo 11)", diz ainda.
Aqui chegamos ao cerne da questão:
Sérgio Moro reconhece e atesta em documento judicial que:
a)
o juízo tem como
fato comprovado que a OAS incluiu o tal tríplex no seu Plano de Recuperação
Judicial,
b)
o apartamento
encontra-se legalmente em nome da OAS e
c)
que o juízo tem
ciência que Lula e Dona Marisa desistiram publicamente do apartamento ou da
cota correspondente no Condomínio Solaris", observa Carlos Fernandes.
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