O papa Francisco afirmou que "são
os comunistas os que pensam como os cristãos", ao responder sobre se
gostaria de uma sociedade de inspiração marxista, em entrevista publicada nesta
sexta-feira (11/11) no jornal italiano La Repubblica.
"São os comunistas os que pensam
como os cristãos. Cristo falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os
excluídos sejam os que decidam. Não os demagogos, mas o povo, os pobres, os que
têm fé em Deus ou não, mas são eles a quem temos que ajudar a obter a igualdade
e a liberdade", explica Jorge Bergoglio.
Por isso, o papa Francisco espera que os
Movimentos Populares entrem na política, "mas não no político, nas lutas
de poder, no egoísmo, na demagogia, no dinheiro, mas na política criativa e de
grandes visões".
O
pontífice evitou falar do recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, e assegurou que dos políticos só lhe interessa "os sofrimentos que
sua maneira de proceder podem causar aos pobres e aos excluídos".
O papa Francisco explicou que sua maior
preocupação é o drama dos refugiados e imigrantes, e reiterou que é necessário
"acabar com os muros que dividem, tentar aumentar e estender o bem-estar,
e para isso é necessário derrubar muros e construir pontes que permitam diminuir
as desigualdades e dar mais liberdade e direitos".
Sobre os supostos
"adversários" que tem no seio da Igreja, Francisco assegurou que não
os chamaria assim e que "a fé une todos, embora naturalmente cada um veja
as coisas de maneira diferente".
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